“Cheguei ao meu limite”… “não aguento mais!”
Ouve-se o grito abafado até agora. O grito de quem se sente exausto (física e psicologicamente), desmotivado, ineficaz, desamparado, de quem deu tudo o que tinha de si - os conhecimentos, o envolvimento pessoal, até o tempo. O grito de quem se encontra em burnout.
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É hoje.
O último dia do ano. O dia de olhar em retrospetiva e analisar tudo o que vivemos nos últimos 12 meses. Lembrar as dificuldades (que foram muitas!), as alegrias (a valorizar), as vezes em que nos ultrapassámos e aquelas em que não fomos capazes de lidar com as adversidades, amiúde abundantes este ano. Tudo isto fez parte de um ano de grandes aprendizagens! O Natal aproxima-se.
Instalam-se as luzes, a incerteza, as canções nas ruas, a saudade dos outros, os enfeites nas casas e a vontade de viver o Natal como nos outros anos, livres de pandemia. Viver esta época festiva num ano tão atípico é sem dúvida um misto de emoções. Poderemos estar com as nossas famílias? Ou, pelo contrário viveremos um Natal diferente, no quente da nossa casa, mais confinados? A data 20 de outubro não pode passar despercebida. Foi o dia mundial de combate ao bullying.
O bullying “é uma forma de comportamento agressivo no qual alguém causa intencional e repetidamente desconforto ou danos a outra pessoa. Pode tomar a forma de contacto físico, palavras ou ações subtis” (APA). Travá-lo é um combate de todos. Comecemos pela arma principal. O regresso às aulas presenciais em tempo de pandemia.
Face a este tema, as opiniões dividem-se. Não vamos hoje abordar pontos de vista, mas sim maneiras dos alunos, pais, professores e restantes membros da comunidade escolar se livrarem do papão do regresso às aulas. Vamos preparar-nos para voltar. Portugal é um dos países com a maior taxa de consumo de álcool por pessoa a nível mundial e europeu.
Muitos de nós consumimos álcool em circunstâncias de convívio, momentos de descontração, eventos comemorativos ou até mesmo tomando um copo de vinho a acompanhar as refeições. É altura de voltar à vida.
A vida de um novo normal. A vida de um dia a dia em que, ao sair de casa, levamos álcool e uma máscara a cobrir-nos o rosto. Saímos à porta e sentimo-nos ansiosos, corajosos, tristes e alegres por podermos sair e retomar os nossos trabalhos e rotinas. Habita-nos uma sensação de estranheza e um gigante misto de emoções. Os dias de isolamento somam-se.
10, 20, 30 dias (ou mais) que já passaram e nós em casa. O cansaço acumula-se e os pais têm uma dificuldade acrescida. Lidar com as suas emoções, com o teletrabalho, com as tarefas domésticas e claro… com o comportamento e emoções dos filhos. Hoje gostaria de deixar sugestões para preservar o bem-estar e a saúde mental dos pais neste tempo de quarentena. Estamos em tempo de quarentena.
Longe de muitas pessoas que gostamos. É agora a altura em que mais sentimos a falta delas. É importante, mais do que nunca, manter as relações. Reforçá-las, cuidá-las. |
AutorSou a Filipa Marques, psicóloga de formação e de paixão. Archives
November 2021
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