“Cheguei ao meu limite”… “não aguento mais!” Ouve-se o grito abafado até agora. O grito de quem se sente exausto (física e psicologicamente), desmotivado, ineficaz, desamparado, de quem deu tudo o que tinha de si - os conhecimentos, o envolvimento pessoal, até o tempo. O grito de quem se encontra em burnout. O burnout “é o resultado de um desempenho de alto nível até que o stress e a tensão (…) cobram o seu preço” (APA Dictionary of Psichology). Este stress é a consequência de esforços físicos ou mentais extremos e prolongados ou de uma carga de trabalho excessiva.
Infelizmente, Portugal detém o troféu de 1º lugar da União Europeia nesta matéria. É verdade, somos o país que apresenta maior risco de burnout. Trabalhamos de mais, vivemos de menos. Dedicamos 8, 9, 10, 11h diárias ao trabalho e temos salários baixos. Somos (no geral) pouco felizes no nosso trabalho.
❗ Sentir-se emocionalmente exausto, sobrecarregado ou com falta de energia para as atividades profissionais; ❗ Estar distanciado ou indiferente face aos outros, ter atitudes negativas quanto aos assuntos de trabalho ou à entidade empregadora e sentir-se pouco envolvido, desconectado. No fundo, é como se tivesse construído barreiras no que toca ao trabalho e ao que com ele está relacionado; ❗ Sentir-se profissionalmente pouco realizado, pouco competente, pouco feliz com aquilo que faz. Estar desmotivado e descontente, perder a autoconfiança, sentir-se fracassado, achar que o trabalho se tornou “um fardo”. Vamos mudar isto? Tomemos atitudes de prevenção! É mesmo importante… 👉Desenvolver ferramentas pessoais para lidar com o stress. Por exemplo ter um tempo de relaxamento pela manhã ou no final do dia de trabalho, respirar fundo quando ocorre uma situação potenciadora de ansiedade, partilhar o que acontece no trabalho com uma pessoa próxima ou ter um hobbie; 👉Estabelecer limites - aprender a dizer “não” assertivamente de forma a não ficar sobrecarregado; 👉Trabalhar um número de horas diárias razoáveis; 👉Ter férias, dias de descanso, pedaços diários de lazer e relaxamento – essencial para uma boa saúde psicológica; 👉Procurar apoio social dos colegas de trabalho, familiares e amigos; 👉Adotar um estilo de vida saudável - manter uma boa higiene do sono, fazer exercício físico e ter uma dieta equilibrada e nutritiva; 👉Procurar acompanhamento psicológico no caso de apresentar sintomas de burnout ou simplesmente como atitude preventiva.
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AutorSou a Filipa Marques, psicóloga de formação e de paixão. Archives
November 2021
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