Comemorámos esta semana o dia da criança. O dia de todos os pequenos e o dia de todos nós, porque todos fomos e somos um pouco criança (ou pelo menos, deveríamos ser!). Criança na descoberta curiosa e diária do mundo à nossa volta, na verdade de cada comportamento, na lealdade na relação com o outro e no crescimento exponencial enquanto pessoa. Mas, para que uma criança seja assim, é necessário estar rodeada de um ambiente ou de alguém que lhe proporcione uma experiência de crescer com limites e afetos, dois pilares essenciais no desenvolvimento humano. Isto é, precisa de ter regras equilibradas que lhe permitam perceber qual é o caminho que deve seguir e também afetos que lhe permitam sentir-se segura e amada.
Quero sublinhar, por isso, que os direitos da criança são mais do que apenas os direitos básicos à alimentação, educação e saúde. As crianças têm o direito de crescer física e psicologicamente saudáveis. É por isso que considero essencial apoiar as famílias através de ações de sensibilização e promoção para uma parentalidade positiva. É por isso que considero essencial apoiar os profissionais que trabalham direta ou indiretamente com crianças. Por exemplo, para ser um bom professor é preciso dominar a pedagogia, mas tão ou mais importante do que isso, é necessário conhecer e saber lidar com a pessoa humana, a criança que tem à sua frente. Considero também imprescindível haver uma vasta rede de profissionais nos serviços de saúde aptos para responder rápida e eficazmente às necessidades das crianças e dos seus significativos. É por isso que defendo que as crianças devem ser tratadas com equidade (o que é diferente de igualdade). Defendo estes direitos porque é conhecido o seu impacto positivo. Estas medidas promovem o bem-estar da criança e o seu desenvolvimento saudável, ajudam a melhorar o funcionamento familiar, reduzem o risco de abuso e negligência infantil, contribuem para a diminuição do abandono escolar e diminuem a probabilidade de perturbações mentais. Defendo estes direitos porque as crianças de hoje merecem ser saudáveis e felizes, porque assim serão saudáveis e felizes as pessoas e a sociedade de amanhã. Publicado no Jornal de Mafra
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AutorSou a Filipa Marques, psicóloga de formação e de paixão. Archives
November 2021
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